quinta-feira, 12 de junho de 2008

Fica a dica.

Freud chama de "compulsão a repetição" o processo de reviver interminavelmente determinada neurose. Assim sendo, quando alguém repete um relacionamento ou acontecimento frustrado, é uma tentativa da libido descarregar a energia acumulada ou represada até conseguir o êxito de sua missão. Freud associou tal complexo ao instinto de morte inato ao ser humano, pois o prazer absoluto ou ausência da dor apenas seriam obtidos no retorno ao inanimado, que seria a morte. Embora tal conceito até o presente seja um tanto difícil de ser elaborado, não precisamos ir muito longe para vermos que determinadas pessoas possuem um núcleo doentio de sempre repetir suas experiências mais dolorosas. Porém, o que Freud deixou de mencionar é que a repetição, na sua essência, é um desafio imposto pelo ego frente ao orgulho ferido. A pessoa, mesmo sabendo do risco da continuidade de determinada desgraça, aceita novamente uma situação similar, como o jogador compulsivo.
umbeijos

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